Agora que já estudámos o teatro épico (ou brechtiano), analisemos a obra Felizmente Há Luar!, inserida neste tipo de obra dramática. Para tal, vamos expor a época que retrata e a época em que foi publicada.
Retrata 1817
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Publicada em
1961
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Hipocrisia da sociedade
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Denúncia da hipocrisia social
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Povo oprimido e resignado
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Povo oprimido e explorado
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Clima de suspeição e denúncia
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Clima de medo e denúncia
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Luta contra o regime absolutista
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Luta contra o regime ditatorial e totalitário
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Passividade e obscurantismo
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Ignorância e revolta
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Vejamos agora as semelhanças entre o protagonista da obra e uma personalidade histórica do Portugal no terceiro quartel do século XX.
Com base no acima exposto, podemos concluir que Felizmente Há Luar! era uma obra de crítica ao regime em que foi publicada. De facto, em tempos de ditadura, não se podia imitar uma realidade que se queria criticar: daí a escolha da época das guerras liberais portuguesas. Esta crítica deveria ser eficaz, uma vez que não incide sobre uma realidade atual. No entanto, Luís Sttau Monteiro foi exilado e perseguido pela PIDE, pelo que esta obra só foi publicada em Portugal após a revolução de abril (1974).
«Escrita em 1961, Felizmente Há Luar! é uma peça através da qual o seu autor denuncia o totalitarismo e a violência do Estado, estabelecendo um paralelismo histórico com o período que antecede o liberalismo. Com efeito, o discurso implícito, ao longo da peça, é um discurso duro, de crítica e de análise, sobre um país isolado, ostracizado pela classe dirigente, miserável no ser e no sentir das suas gentes.»
Conceição Jacinto e Gabriela Lança, in Felizmente Há Luar!, Luís Sttau Monteiro
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